Sobre a rednesp

Poucas pessoas sabem, mas a internet que professores, funcionários e alunos acessam nas faculdades e universidades em quase todo o mundo, não é a mesma utilizada pelos usuários comuns em suas casas ou no trabalho.

De maneira geral, cada país tem a sua própria “rede acadêmica”, uma rede de alta velocidade específica para a área de educação e pesquisa, com capacidade de tráfego superior à internet comercial e independente desta, ainda que trabalhando em conjunto com seus operadores.

Apesar de geralmente possuírem abrangência nacional, as redes acadêmicas também podem extrapolar as fronteiras estatais em uma configuração regional/continental, ou então, em casos específicos, possuir uma dimensão sub-nacional.

É o caso, no Brasil, do Estado de São Paulo, que por responder por cerca de 50% da produção científica nacional (dados da FAPESP), tem demanda suficiente para ter sua própria rede acadêmica, conhecida como rednesp (do inglês Research and Education Network of São Paulo, Rede para Pesquisa e Educação de São Paulo).

A rednesp na Biblioteca Virtual da FAPESP

Missão rednesp

Prover conectividade de redes de computadores no estado da arte à comunidade de pesquisa do Estado de São Paulo.

A rednesp ontem e hoje

Poucas pessoas sabem também, mas a internet como conhecemos hoje teve seu primeiro embrião nos Estados Unidos da América (EUA) do final dos anos 1960, como um projeto acadêmico-militar que visava conectar universidades geograficamente distantes.

No Brasil, após diversos projetos e iniciativas desde a década de 1970, foi em março de 1989 que uma rede de cinco instituições acadêmicas do Estado de São Paulo (FAPESP, USP, Unicamp, Unesp e IPT) conectou-se à Bitnet – antecessora da Internet – em Chicago, nos EUA, tornando assim a ANSP (hoje rednesp) a primeira rede acadêmica interinstitucional do Brasil.

Primeira instituição brasileira também a se conectar à Internet em 1991, e único ponto de acesso a ela no Brasil até 1994, a ANSP foi por um bom tempo o centro nevrálgico da internet brasileira, até que a abertura comercial da rede foi paulatinamente direcionando seus esforços exclusivamente para a área acadêmica.

Financiada desde o início pela FAPESP, a rednesp conecta hoje 36 instituições de educação e pesquisa do Estado de São Paulo entre si e com o exterior, a partir da cooperação com consórcios e redes acadêmicas internacionais como a AmLight, a RedCLARA e o GNA-G, entre outros.

Nesse plano internacional, a rednesp é co-responsável por gerir um anel de fibra ótica de 100G entre São Paulo, Miami (EUA) e Santiago (Chile), mas a rede não para de crescer: em 2019, a capacidade entre São Paulo e Miami já foi aumentada em mais 200G, bem como foi inaugurado em 2020 um enlace direto do Brasil com a África.

Também em 2020, e almejando a institucionalização do projeto por iniciativa da FAPESP, a coordenação da antiga ANSP passou a ser realizada por um comitê executivo vinculado ao Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (CRUESP), sendo então rebatizada como rednesp (Research and Education Network of São Paulo).

E é assim, carregando uma longa história e articulando grandes parcerias no Brasil e no mundo, que a rednesp consegue fornecer uma internet de alta capacidade e no estado da arte para a robusta comunidade científica do Estado do São Paulo, cooperando também para a viabilidade de uma internet acadêmica em todo o território brasileiro.

A identidade visual da rednesp: dinamismo e tecnologia​

Movimento, velocidade e conexão figuram no cerne da rednesp. São sentidos fundamentais a serem gerados por sua identidade visual, que representam a qualidade de tudo que ela constrói e oferece.

A mais alta tecnologia na transmissão de dados entre pesquisadores é uma forte proposta de valor, que ocupa a centralidade das diretrizes para essa construção.

Essa conexão, com velocidade, qualidade e robustez, é o que permite a expansão das ideias, do conhecimento e da ciência; a troca entre São Paulo, Brasil e mundo fortalece as relações e fazem crescer o campo.